domingo, 6 de março de 2011

FILMES EDUCATIVOS

Gestos de Amor
E Seu Nome é Jonas
No Silêncio do Amor
O País dos Surdos
Som e Furia
Liberdade Para as Borboletas
Palavras do Silêncio
O Prisioneiro do Silêncio
Quem Falara Por Jonathan
Sombras do Piano
O Milagre de Anne Sullivan
Hellen Keller - O Milagre Continua
Do Luto a Luta
Gaby - Uma Histótia Real
Amy - Uma Vida Pelas Crianças
Amargo Regresso
Uma Viagem Inesperada
E muitos outros...

PISTA PARA IDENTIFICAÇÃO DA DISLEXIA

Pistas para Identificação da Dislexia
Primeiros anos

0 Atraso na linguagem, comparando com as outras áreas de desenvolvimento


Anos pré-escolares:
0 Dificuldade em aprender canções, rimas e lenga-lengas;
0 Falha na apreciação de rimas;
0 Dificuldade em pronunciar as palavras, persistência da fala à bebé;
0 Dificuldade em aprender e lembrar nomes das letras;
0 Não saber bem as letras do seu próprio nome;
0 Dificuldade em lembrar nomes próprios.


Pré primário e primeiro ano:

0 Falha em perceber que as palavras se podem separar;
0 Falha em perceber que as palavras se podem segmentar em sons:
0 Dificuldade em ligar as letras a sons (por ex. a letra b ao som b);
0 Erros de leitura que revelam não ter ligação aos sons das letras;
0 Dificuldade ou incapacidade de ler palavras comuns de uma sílaba;
0 Queixas de que ler é muito difícil, foge quando é altura de ler;
0 História de problemas de leitura em familiares:

Áreas fortes:

0 Curiosidade;
0 Muita imaginação;
0 Apanha as coisas facilmente;
0 Adere facilmente a novas propostas;
0 Boa compreensão de novos conceitos;
0 Maturidade;
0 Vocabulário extenso para grupo etário;
0 Gosto por resolver puzzles;
0 Facilidade em construir modelos;
0 Boa compreensão de histórias lidas.

A partir do 2º ano

Problemas na fala

0 Má pronúncia de palavras longas e pouco familiares (omitir partes ou confundir a ordem);
0 Fala pouco fluente, com pausas e hesitações, com “hums...” enquanto fala;
0 Uso de linguagem imprecisa, referências vagas a “coisas” em vez o nome do objecto;
0 Não conseguir encontrar o nome exacto do objecto e confundir com palavras que têm um som parecido;
0 Precisa de tempo para dar uma resposta, não é de resposta rápida
0 Dificuldade em lembrar informações e factos (por exemplo nº de telefone, nomes, datas);

Problemas na leitura

0 Progresso muito lento;
0 Falta de estratégia para aprender novas palavras;
0 Dificuldade em ler palavras desconhecidas, adivinha a palavra, falha em soletrar de forma sistemática;
0 Dificuldade em ler as palavras pequenas de ligação (por, de, ...)
0 Atrapalha-se a ler palavras multisilábicas;
0 Omite partes de palavras ao ler, como se a palavra tivesse um buraco no meio;
0 Medo de ler em voz alta; evita ler em voz alta;
0 Substituições, omissões, má pronúncia;
0 A leitura é entrecortada e esforçada, não é fluente ou suave;
0 Tem falta de entoação;
0 Apoia-se no contexto para descodificar as palavras;
0 Lê melhor as palavras em contexto do que isoladas;
0 Rendimento muito mau em testes de escolha múltipla;
0 Não consegue acabar os testes dentro do tempo;
0 Substituição de palavras por outras com o mesmo significado (carro, automóvel)
0 Péssima ortografia;
0 Dificuldade em ler os problemas de matemática;
0 Leitura muito lenta e cansativa;
0 Os trabalhos de cãs nunca mais acabam, pede ajuda aos pais para lhe lerem;
0 Má caligrafia;
0 Muita dificuldade em aprender língua estrangeiras;
0 Evita a leitura lúdica;
0 A precisão de leitura vai melhorando mas continua a faltar fluência;
0 Baixa auto estima, com um sofrimento que nem sempre é visível para os outros.

Áreas fortes:

0 Excelentes capacidades cognitivas, conceptualização raciocínio, imaginação, abstracção;
0 Aprendizagem é atingida mais pela compreensão do que pela memorização;
0 Capacidade para apanhar as ideias principais;
0 Boa capacidade de compreensão do material que lhe é lido;
0 Habilidade para ler coisas dentro de uma área de interesses, em que fez uma sobreaprendizagem dos termos;
0 Excelente compreensão de vocabulário, pode ter um vocabulário sofisticado;
0 Muito bom em áreas que não dependam da leitura como matemática, computadores, artes visuais, ou em áreas mais conceptuais como filosofia, biologia, estudos sociais ou escrita criativa.

Jovens adultos e adultos

Problemas na fala

0 Persistência dos problemas anteriores na linguagem oral;
0 Má pronúncia de nomes de pessoas e lugares; tropeçar em partes de palavras;
0 Dificuldade em lembrar nomes de pessoas e lugares e confusão entre nomes com som parecido;
0 Dificuldade em evocar palavras, parece que estão “debaixo da língua”;
0 Falta de expressividade na fala, em particular quando é o centro das atenções;
0 Vocabulário compreensivo mais vasto que o expressivo, evitar usar palavras que podem ser mal pronunciadas;

Problemas na leitura

0 História de dificuldades de leitura e escrita na infância;
0 A leitura vai-se tornando mais precisa mas continua a envolver esforço;
0 Falta de fluência;
0 Embaraço na leitura oral, evitar participar em actividades que exijam leitura oral
0 Dificuldade em ler e pronunciar palavras pouco comuns ou estranhas;
0 Persistência de dificuldades de leitura;
0 Grande cansaço com a leitura;
0 Leitura lenta na maioria dos materiais: livros, revistas, legendas;
0 Dificuldade em testes de escolha múltipla;
0 Muito tempo gasto para ler materiais relacionados com a escola ou trabalho;
0 Prefere livros com figuras, gráficos ou esquemas;
0 Prefere livros com pouco texto em cada página;
0 Pouca tendência para ler por prazer;
0 A ortografia continua desastrosa e preferência por escrever palavras mais simples;

Áreas fortes:

0 Mantém as áreas fortes sinalizadas em anos anteriores;
0 Grande capacidade de aprendizagem;
0 Melhoria significativa quando tem mais tempo em testes de escolha múltipla;
0 Pode ser muito competente em áreas muito especializadas;
0 Pode ser muito bom em escrita se for o conteúdo o importante e não a ortografia;
0 Boa capacidade de expressão de ideias e de sentimentos;
0 Excelente capacidade de empatia e relacionamento caloroso com os outros;
0 Sucesso em áreas que não dependam da memorização de factos;
0 Talento para a conceptualização e capacidade para encontrar perspectivas originais;
0 Notável capacidade de adaptação a situações novas.

Sally Shaywitz Overcoming Dyslexia, Tradução Luísa Mota

Atitudes do professor que facilitam a disciplina

Atitudes do professor que facilitam a disciplina


1. Nunca falar para a turma, enquanto não estejam todos em silêncio.
2. Dirigir-se aos alunos com linguagem e voz clara, com certa pausa e expressividade para que percebam o que se diz à primeira.
3. Nunca gritar. Um grito deve ser uma atitude rara que por vezes é necessária. Não esquecer que os gritos desprestigiam o professor. Ordens como: "Calados!", são inúteis.
4. Jamais esquecer esta regra de ouro: Se basta um olhar, não dizer uma palavra;
se basta uma palavra, não pronunciar uma frase.
5. Esforçar-se por manter a presença de espírito, serenidade e segurança. Os alunos notam a mais leve falta de à vontade, insegurança ou excitação do professor. Se isso se prolonga, a aula está "perdida"
6. Não deixar passar "nem uma" e actuar desde o principio. Nada fere mais o aluno e desprestigia um professor que as possíveis "injustiças". É o caso de deixar passar uma falta num aluno e, logo a seguir, castigar outro por uma falta semelhante.
7. Cuidar as atitudes corporais, os gestos, as expressões do rosto e vocais; tudo isso influi positiva ou negativamente nos alunos.
8. Procurar manter o domínio de toda a aula. Mesmo que se dirija apenas a uma parte da aula, deve ter a restante sob controlo. E preciso evitar a todo o custo que um aluno apanhe o professor desprevenido.
9. Não aceitar que os alunos se dirijam ao professor com modos ou expressões pouco apropriadas, como sejam: abraços, palmadinhas nas costas, graçolas, etc. Isto só serve para "queimar" o professor.
10. Jamais utilizar o sarcasmo ou a ironia malévola. Tem efeitos imediatos, mas consequências desastrosas a longo prazo.
11. Tornar-se acessível ao aluno, colocando-se ao seu nível, mas sem infantilidades nem paternalismos. Falar-lhes com afabilidade, afecto, por vezes com doçura; mantendo sempre uma discreta distância que eles aceitam e até desejam.
12. Se alguma vez acontecer uma situação de conflito (o que deve ser raro e excepcional) com um aluno ou com a turma, procurar o modo de sanar essa "ferida", através de alguma saída airosa, gesto ou atitude simpática. Eles possuem um sentido epidérmico da justiça, mas igualmente uma grande capacidade de desculpar e esquecer agravos.
13. Saber manter o equilíbrio entre a "dureza" e a amabilidade. A jovialidade e a alegria do professor deve-se manifestar, apesar de tudo, em todas as circunstâncias; os alunos têm de a notar. A maior parte das antipatias dos alunos têm a sua origem em rostos ou atitudes pouco acolhedoras.
14. A correcção deve ser:
a) silenciosa: falar em voz baixa e só por necessidade;
b) sossegada: sem perturbação, impaciência ou exaltação;
c) de forma a provocar a introspecção do educando: que o aluno contenha os seus impulsos, caia em si e retome o caminho;
d) afectuosa: "se quereis persuadir, consegui-lo-eis mais pelos sentimentos afectuosos que pelos discursos" (S. Bernardo).
15. Evitar proferir ameaças, que podem não se cumprir, pelo desprestígio magistral que isso implica.
16. Mandar o menos possível. O ideal é conseguir com o mínimo de ordens. Mandar o estritamente necessário e com a certeza de que vamos ser obedecidos.
17. Algumas citações:
"São o silêncio, a vigilância e a prudência dum mestre que estabelecem a ordem numa escola e não a dureza e a pancada" (VITOR GARCIA HOZ).
"...a escola terá um pouco de sanatório, de biblioteca e de claustro, o que quer dizer que estará mergulhada em silêncio. Um silêncio que não será interrompido pela voz do professor, nem por campainhas1 nem por exercícios de piano... Um silêncio todo penetrado de actividade intensa, de vai-e-vem na ponta dos pés, de cochichos discretos e de alegria contida. Este silêncio supõe todo um conjunto de condições: mobília apropriada, motivos de actividade para estimular o trabalho da inteligência, e um professor omnipresente, mas invisível" (LUBIENSKA DE LENVAL).
"Evitar a "expressão sem vigor, sem clareza, nem exactidão" (Platão), por ser contrária ao silêncio" (V. GARCIA HOZ).
"E preciso cultivar bem as palavras, com sossego para que saiam resistentes como alicerces; e no mestre cristão ainda mais, porque ele pretende fazer obra para a eternidade" (V. GARCIA HOZ).
"A criança não praticará seriamente a virtude, se não conseguirmos tornar-lha amável e sedutora" (JOSEPH DUHR).
"Contribuem muito para suscitar o interesse e, em consequência, a atenção da criança, a personalidade e as atitudes mentais do professor. As atitudes e emoções são muito contagiosas. O professor entusiasta, alegre e animado, costuma ter alunos atentos e interessados. A primeira condição da aprendizagem interessante é que o professor reflicta nas suas atitudes e actividades em grau suficiente de simpatia e entusiasmo"
(AGUAYO)
Fonte: http://professor.aaldeia.net/disciplinanasaulas.htm